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No dia em que a Igreja celebra a Solenidade de todos os santos, o Canção Nova em Foco conversa com Maria Nazareth, mãe de Guido Schäffer, um jovem médico, surfista e seminarista, que terá seu processo de beatificação aberto oficialmente em maio do próximo ano.

 

“O amor dele por Deus e pelas pessoas é que me leva a pensar que ele foi uma criatura santa”, conta Nazareth. Ela lembra que na vida de Guido, desde pequeno, sempre houve uma linha condutora: o desejo de salvar. Quando era criança quis ser salva-vidas, depois médico, e mais tarde, sacerdote. “Ele entendeu que era necessária a salvação da alma antes que a do corpo”.

 

O jovem, que já tem fama de santidade, levava uma vida normal. Segundo sua mãe, foi uma criança que gostava de brincadeiras, esportes, de ir à praia e à escola. Ela recorda que Guido era consciente dos seus deveres. Namorou, viajou, formou-se em medicina e estava com a data do casamento praticamente marcada, quando sentiu que sua vocação era mais do que ser médico e uma pessoa dedicada aos irmãos. “O Senhor o chamava para águas mais profundas, para uma vida de dedicação maior a Cristo, e ele então terminou tudo, para seguir o sacerdócio”.

 

Quando morreu, em maio de 2009, com 34 anos, estava no último ano do Seminário. Guido foi vítima de uma contusão na nuca que gerou desmaio e afogamento enquanto surfava, na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

 

As pessoas próximas a Guido testemunham que ele aproveitava as oportunidades para evangelizar, fosse no meio dos jovens ou exercendo a medicina. “Aproveitava enquanto estava surfando para falar de Jesus para os colegas. Ele levou muitos para a Igreja”, conta sua mãe.

 

Como médico atuou em obras de caridade. “Temos relatos de curas inexplicáveis, de conversões, de moradores de rua que decidiram lutar contra os vícios”, relata sua página oficial na internet: guidoschaffer.com.br.

 

Sua mãe recorda que a Missa de corpo presente foi de grande consolação. Celebrada por Dom Orani João Tempesta e os bispos auxiliares do Rio de Janeiro, reuniu mais de 1700 pessoas. “Eu acho que a partir dessa Missa, as pessoas começaram a querer saber coisas dele e, a falar, rezar, pedir graças e alcançar graças”.

 

Para Nazareth, a vida de Guido é um exemplo de que a santidade é possível nos dias de hoje. “Ele deixa essa mensagem para os jovens: amem a Deus, busquem a Deus, n’Ele está a resposta de tudo”.

 

Sobre a dor da perda ela diz que é muito grande, e que dor e saudade a acompanharão sempre, mas ao mesmo tempo destaca a consolação de saber que a vida dele ajudou tantas pessoas. “Ele [Guido] está junto de nós na comunhão dos santos. Eu tenho absoluta certeza que um dia estaremos juntos por toda eternidade louvando o nosso Deus”.

 

Na entrevista, Nazareth conta ainda testemunhos de pessoas que mudaram de vida por meio de Guido, fala sobre o apostolado dele, as circunstâncias de sua morte e explica de que maneira a educação dada por ela e por seu marido contribuíram para a trajetória de seu filho.

 

 

Fonte: Canção Nova